segunda-feira, 14 de agosto de 2006

A Ultrapassagem

Não entraremos na discussão vazia sobre se há «grandes» e se sim quais e quantos são. As interpretações devem basear-se em números, estatísticas. Para isso servimo-nos das únicas que são válidas. O Campeonato dos Campeonatos.

Nas duas tabelas seguintes são visíveis dois momentos cruciais no que respeita à discussão do terceiro posto no «Campeonato dos Campeonatos».

No final do campeonato de 1951/52, o F.C. Porto aproximou-se fatalmente do Belenenses no ranking geral. A distância cifrava-se em dois pontos, muito por força do péssimo, terrível, inesperado e inaceitável 9º lugar obtido no campeonato de 1950/51. Era a distância mínima registada desde sempre.

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Seguiram-se algumas épocas de alternância. Mas no final da época de 1955/56 o F.C. Porto igualava o Belenenses no Campeonato dos Campeonatos. A partir desse momento não mais o Belenenses voltaria a ser o terceiro nesta lista.

O Belenenses entraria em breve na terrível década de 60 que o afastaria da discussão sistemática dos lugares cimeiros, a braços com as despesas do Novo Estádio. O Belenenses, tal como o mundo o conhecera até então começava a morrer, envenenado pelos poderes instituídos, dos senhores que viam no Belenenses um perigo à hegemonia dos seus, dilectos, dois clubes lisboetas.

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Mesmo actualmente é possível verificar a enorme distância existente entre o quarto classificado do Campeonato dos Campeonatos e os que o seguem mais de perto. Apesar dos últimos quinze anos terem sido o que sabemos note-se a diferença em todos os aspectos da estatística.

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Se é verdade que o fosso entre os três primeiros e o quarto aumentou consideravelmente, a verdade é que o quinto ainda vem a mais duzentos pontos. E não é o Boavista...

Depois disto, bem se vê, é estéril discutir a questão do «quarto grande».